Como andam os avanços dos biomarcadores de demência; em palestra no dia 18, Eduardo Zimmer explica e alerta

Seminário sobre biomarcadores na demência
Estudos recentes mostram que baixa escolaridade parece ser um fator que dispõe à doença, reforçando a hipótese de que fatores socioeconômicos e educacionais impactam no envelhecimento do cérebro - Foto Instituto Serrapilheira/Divulgação

O professor Eduardo Zimmer (UFRGS), membro da Academia Brasileira de Ciências e pesquisador do Instituto Serrapilheira, vai falar, na Faculdade de Medicina da UFMG, na terça-feira, 18 de novembro, às 11h, na sala 62. Faça sua inscrição aqui.

Referência internacional no entendimento dos mecanismos celulares da doença de Alzheimer, Zimmer vai discutir sobre compromisso social, educação e o papel dos biomarcadores nos estudos da demência. Para tanto ele falará sobre seus estudos a respeito das novas perspectivas de diagnóstico da doença de Alzheimer e outras demências. 

O encontro, realizado pelo Centro de Tecnologia em Medicina Molecular (CTMM) e pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Neurotecnologia Responsável (NeuroTec-R), tem o propósito de promover o equilíbrio entre inovação e responsabilidade científica. É muito importante avançar na direção da detecção precoce das doenças e no cuidado às pessoas com demência sem perder a perspectiva ética, social e formativa.

Venha! Participe! Esta será uma boa oportunidade para conversar ao vivo com quem pesquisa. E isso pode ser o diferencial para compreender melhor o futuro dos biomarcadores. 

A Faculdade de Medicina da UFMG fica na região hospitalar de Belo Horizonte (mapa), no campus Saúde (Av. Alfredo Balena 190. Bairro Santa Efigênia. BH. MG).

Não perca!

Avançar com ética

A discussão sobre demência evoluiu rápido nos últimos anos. Mesmo assim, não existe uma tecnologia ou uma pílula milagrosa. Mas os estudos avançam. E foi Zimmer quem liderou uma das maiores análises já feitas sobre biomarcadores sanguíneos para Alzheimer. O último artigo de seu grupo foi publicado recentemente,  em setembro de 2025, na revista The Lancet Neurology

O estudo avaliou 113 pesquisas com 29.625 indivíduos. Os autores concluíram que o marcador p-tau217 apresenta um ótimo desempenho para identificar Alzheimer de forma biológica, com sensibilidade de 88,1% e especificidade de 88,7%. Em outras palavras, ele pode vir a mudar diagnósticos e acelerar decisões clínicas. 

O trabalho também alerta que cerca de 90% dos estudos ainda utilizam pontos de corte definidos pelos próprios pesquisadores, e que a implementação clínica do p-tau217, um exame de biomarcador sanguíneo que mede a proteína tau fosforilada na posição 217, precisa ser validada em cenários reais antes de adoção ampla. Ou seja, avanço com os pés no chão. 

SERVIÇO

Seminário: Uma reflexão sobre compromisso, educação e biomarcadores na demência

Prof. Eduardo Zimmer – UFRGS
Local: Faculdade de Medicina da UFMG. Av. Alfredo Balena, 190. Sala 62.
Data: 18 de novembro (terça-feira)
Horário: 11 horas
Inscrição: Clique aqui para acessar o formulário de inscrição

Venha participar!